Ali Khamenei: o homem por trás do Irã e do conflito no Oriente Médio - Resenha crítica - 12min Originals
×

Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!

QUERO APROVEITAR 🤙
63% OFF

Operação Resgate de Metas: 63% OFF no 12Min Premium!

Novo ano, Novo você, Novos objetivos. 🥂🍾 Comece 2024 com 70% de desconto no 12min Premium!

665 leituras ·  0 avaliação média ·  0 avaliações

Ali Khamenei: o homem por trás do Irã e do conflito no Oriente Médio - resenha crítica

Ali Khamenei: o homem por trás do Irã e do conflito no Oriente Médio Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
translation missing: br.categories_name.radar-12min e 12min Personalities

Este microbook é uma resenha crítica da obra: Ali Khamenei: o homem por trás do Irã e do conflito no Oriente Médio

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 

Editora: 12min

Resenha crítica

Em um momento em que o mundo segura a respiração diante da tensão entre Irã e Israel, um nome se destaca nos bastidores do poder: Ali Khamenei. Líder supremo do Irã desde 1989, ele não aparece nas urnas, raramente fala com a imprensa e, ainda assim, dita os rumos de uma das nações mais estratégicas — e mais temidas — do Oriente Médio. Enquanto muitos veem os presidentes iranianos como os rostos públicos do regime, é Khamenei quem realmente controla o país: o exército, a polícia, os tribunais e até o programa nuclear. Recentemente, ele deu aval a ataques diretos contra Israel, reacendendo uma das rivalidades mais explosivas da política global.

Quem é esse homem, quase invisível fora do Irã, mas com tanto poder acumulado? Como ele chegou a esse posto — e por que tanta gente acredita que suas decisões podem desencadear uma guerra regional ou até um novo conflito global?

Nos próximos minutos, você vai entender quem é Ali Khamenei, como ele pensa, o que quer e por que ele importa mais do que nunca em 2025.

Antes da fama: quem é Ali Khamenei?

Ali Hosseini Khamenei nasceu em 17 de julho de 1939, na cidade sagrada de Mashhad, nordeste do Irã. Filho de um clérigo xiita pobre, cresceu em um ambiente religioso e disciplinado, onde os estudos islâmicos tinham mais valor do que qualquer ambição mundana. Desde jovem, foi moldado pelo rigor da tradição xiita e pelo clima de opressão política do regime monárquico do xá Mohammad Reza Pahlavi, que comandava o país com mão de ferro e forte apoio dos Estados Unidos.

Khamenei estudou em seminários religiosos em Mashhad, Qom e Najaf (no Iraque), tornando-se um "mujtahid", título clerical importante no islamismo xiita. Mas, ao contrário de outros religiosos que se mantinham distantes da política, ele se envolveu diretamente na oposição ao xá. Admirador do aiatolá Ruhollah Khomeini — líder da revolução iraniana de 1979 — Khamenei foi preso várias vezes pela polícia secreta do regime por sua atuação em movimentos islâmicos radicais.

Durante os anos 1960 e 70, ele consolidou sua reputação como um intelectual religioso com postura combativa. Além de escrever e dar aulas, também traduziu obras políticas para o persa, incluindo livros de pensadores islâmicos e revolucionários. A repressão que enfrentou aumentou sua popularidade dentro dos círculos religiosos.

Khamenei nunca foi carismático como Khomeini, mas sempre teve algo mais raro: era confiável. Quando a Revolução Islâmica triunfou em 1979, ele já estava posicionado como um dos homens mais próximos do novo líder supremo.

Como Ali Khamenei chegou ao poder

A ascensão de Ali Khamenei ao topo do poder iraniano não foi uma trajetória meteórica nem baseada em popularidade pública. Ela foi construída silenciosamente, por meio de alianças estratégicas, lealdade inabalável a Ruhollah Khomeini e uma habilidade rara de navegar os bastidores da teocracia iraniana. Após a Revolução Islâmica de 1979, que depôs o xá e instaurou a República Islâmica, Khamenei se tornou um dos homens de confiança de Khomeini. Ele foi nomeado para cargos importantes, como representante do líder supremo no Ministério da Defesa e, mais tarde, como presidente do Irã.

Entre 1981 e 1989, Khamenei ocupou o cargo de presidente — o segundo mais alto da hierarquia iraniana. Mas, ao contrário do que ocorre em outros países, no Irã o presidente é subordinado ao líder supremo, figura que concentra os poderes religioso e militar. Durante seu mandato, Khamenei enfrentou desafios enormes: o país estava em guerra contra o Iraque, havia instabilidade interna, embargos econômicos e pressões externas. Ainda assim, ele se mostrou um político disciplinado, discreto e ideologicamente alinhado ao regime.

Quando Khomeini morreu em 1989, o país precisava de um sucessor que garantisse a continuidade do projeto islâmico. Khamenei não era o favorito, nem o mais qualificado do ponto de vista clerical — ele nem sequer tinha o título de "aiatolá" na época. Mas era confiável. A Assembleia de Especialistas alterou os critérios para permitir sua nomeação, e ele foi escolhido como novo Líder Supremo do Irã. A partir dali, assumiu o controle das Forças Armadas, da política externa e da interpretação final da Constituição.

Foi um movimento político mais do que teológico — e um dos mais duradouros da história recente.

O auge: o que Ali Khamenei fez que mudou tudo?

O auge de Khamenei não se deu em um único momento explosivo, mas sim na consolidação lenta e meticulosa de um poder quase absoluto. Desde que assumiu como líder supremo em 1989, ele ampliou sua autoridade para além do campo religioso, transformando a função em uma plataforma de comando político, militar, judicial e ideológico. Ao longo de três décadas, colocou aliados estratégicos em posições-chave: no Judiciário, nas Forças Armadas, no Parlamento e nos conselhos que supervisionam todas as eleições no país.

A Guarda Revolucionária — força militar de elite criada após a Revolução Islâmica — tornou-se, sob sua supervisão, não só um instrumento de defesa do regime, mas também uma potência econômica com presença em setores como petróleo, construção e telecomunicações. Através dela, Khamenei passou a projetar influência dentro e fora do Irã, especialmente no Líbano, Síria, Iraque e Iêmen, por meio do apoio a milícias como o Hezbollah e os Houthis.

Internamente, seu governo consolidou um sistema de repressão sistemática contra dissidentes, jornalistas, acadêmicos e mulheres que desafiam o código de conduta islâmico. Protestos, como os de 2009 e 2022, foram duramente reprimidos. Mesmo assim, Khamenei permaneceu intocável.

O mais significativo, porém, foi sua decisão de abandonar o caminho da moderação após o acordo nuclear de 2015. Ele autorizou o avanço do programa nuclear em segredo, enquanto publicamente mantinha o discurso pacífico. Esse duplo jogo permitiu ao Irã se aproximar perigosamente da capacidade de produzir armas nucleares — o que acendeu o alarme em Israel, nos EUA e na ONU.

Khamenei não foi apenas o herdeiro de uma revolução: ele a adaptou, blindou e exportou. Seu auge é o presente — e seus efeitos, ainda incertos.

O que Ali Khamenei quer com tudo isso?

O objetivo central de Ali Khamenei é preservar a Revolução Islâmica — não apenas como governo, mas como modelo de civilização. Para ele, o Irã não é só um país: é a vanguarda de um projeto alternativo ao Ocidente, guiado por valores islâmicos, independência econômica e resistência geopolítica. Tudo o que ele faz — apoiar milícias, manter o programa nuclear, reprimir dissidências — está a serviço dessa missão.

Khamenei acredita que o tempo está a seu favor. Em seus discursos, ele fala sobre a decadência moral do Ocidente, o declínio dos Estados Unidos e o surgimento de uma nova ordem multipolar, onde países como China, Rússia e Irã ganham protagonismo. Ele quer posicionar o Irã como um líder desse novo eixo.

No plano regional, sua ambição é clara: enfraquecer a influência americana no Oriente Médio e liderar a frente de resistência contra Israel. Isso explica por que o Irã financia o Hezbollah no Líbano, os Houthis no Iêmen e milícias no Iraque e na Síria. Para Khamenei, esses grupos são extensões estratégicas de sua luta.

No campo interno, seu projeto é manter o país sob uma teocracia centralizada, mesmo que isso signifique sufocar protestos, prender opositores ou restringir liberdades individuais. A instabilidade, para ele, é um risco maior do que a repressão.

É uma visão de longo prazo — e de alto risco. Mas para Khamenei, o fracasso significaria não só a queda de um governo, mas a derrota de toda uma visão de mundo. Por isso, ele joga alto. E joga até o fim.

Por que Ali Khamenei importa para o mundo hoje?

Ali Khamenei não é apenas o líder supremo do Irã — ele é uma das figuras mais influentes e estratégicas do Oriente Médio, com impacto direto sobre a política global. Sua importância vai muito além das fronteiras iranianas porque ele comanda, com poder absoluto, um país que está no centro de várias das maiores tensões do século 21: o programa nuclear iraniano, a guerra por procuração com Israel, o apoio a grupos armados regionais e a resistência declarada à hegemonia americana.

Ele é quem dá a palavra final sobre decisões nucleares, militares e diplomáticas do Irã. Isso significa que qualquer tentativa de acordo de paz, de reativação do tratado nuclear (o antigo JCPOA) ou de recuo nas ações contra Israel e os Estados Unidos precisa passar por ele. Quando Khamenei endurece o discurso, o petróleo sobe, os mercados se retraem e a diplomacia internacional entra em estado de alerta.

Além disso, ele opera como uma espécie de “eixo invisível” de resistência a Israel no conflito israelense-palestino. Sua retórica alimenta a polarização regional, fortalece atores como o Hezbollah e influencia diretamente o clima político em países como Líbano, Síria, Iraque e Iêmen. Em outras palavras, onde há tensão no Oriente Médio, há influência direta ou indireta de Khamenei.

Onde Ali Khamenei pode chegar?

A trajetória de Ali Khamenei parece estar entrando na reta final — mas o impacto de suas decisões ainda vai ecoar por décadas. Aos 85 anos, ele é o segundo líder supremo da história do Irã, no poder desde 1989. Sua idade avançada e os rumores sobre sua saúde colocam em debate quem o sucederá e, principalmente, se o sistema teocrático resistirá sem sua figura centralizadora.

Há três possíveis desfechos em jogo

  • O primeiro: que Khamenei conclua seu mandato vitalício sem rupturas, indicando um sucessor alinhado e mantendo o regime teocrático. Nesse cenário, a transição seria suave, e o Irã continuaria a seguir uma linha conservadora, antiocidental e focada na expansão regional.
  • O segundo: uma transição turbulenta. A saída de Khamenei poderia abrir brechas internas, entre setores mais moderados e ultraconservadores. Parte da população, sobretudo jovens urbanos, já demonstra cansaço com o autoritarismo e as restrições sociais. Protestos recentes, como os de 2022 após a morte de Mahsa Amini, mostraram o potencial de ruptura.
  • E o terceiro: um colapso político mais amplo. Caso o conflito com Israel escale e o Irã sofra perdas severas, inclusive no topo do regime, Khamenei pode entrar para a história como um líder que arrastou o país para o isolamento e o declínio. Comparações com Saddam Hussein, feitas por analistas israelenses, apontam para esse risco.

O legado de Khamenei, portanto, ainda está sendo escrito. Ele pode ser lembrado como o guardião do regime islâmico — ou como o último de uma era.

O que Ali Khamenei representa no conflito Israel-Palestina?

Ali Khamenei não é apenas uma autoridade nacional: ele se vê como uma figura central na luta contra o que chama de "arrogância ocidental" — uma expressão usada com frequência para se referir aos Estados Unidos e a seus aliados, especialmente Israel. No conflito Israel-Palestina, Khamenei é uma das vozes mais radicais e consistentes em oposição à existência do Estado de Israel, que ele chama de "entidade sionista". Para ele, a causa palestina é uma responsabilidade religiosa, moral e geopolítica do mundo islâmico.

Sob sua liderança, o Irã se tornou o principal financiador e articulador de grupos armados que operam em oposição a Israel: Hezbollah no Líbano, Hamas na Faixa de Gaza e milícias no Iêmen, Iraque e Síria. Esses grupos não são apenas aliados ideológicos — eles recebem dinheiro, armas e treinamento diretamente ligados à estratégia regional do Irã. Khamenei considera esses atores como parte de uma “frente de resistência” contra o Ocidente e seus interesses no Oriente Médio.

Sua postura endureceu ainda mais após os Acordos de Abraão (2020), que aproximaram Israel de países árabes como Emirados Árabes e Bahrein. Para Khamenei, isso foi uma traição à causa palestina. Desde então, ele tem reforçado o discurso de que a única solução possível é o desaparecimento do Estado de Israel — um posicionamento que torna qualquer negociação impossível.

No atual conflito, sua retórica ajuda a inflamar tensões. Ao apoiar o lançamento de mísseis e drones contra Israel, mesmo que indiretamente, ele joga combustível sobre um cenário já volátil. Para alguns, Khamenei é um símbolo de resistência contra a dominação ocidental. Para outros, é o principal obstáculo à paz duradoura no Oriente Médio.

O que o 12min pode te ajudar a fazer com essa informação?

Ali Khamenei não é apenas o líder de um país — é a figura central de um regime que molda o destino do Irã há mais de 30 anos. Entender quem ele é, como chegou ao poder e o que representa hoje é essencial para compreender os conflitos que se desenrolam no Oriente Médio e seus reflexos no mundo todo.

Aqui no 12min, acreditamos que informação acessível é o primeiro passo para conversas mais inteligentes. Por isso, não importa se você nunca leu nada sobre geopolítica ou islamismo político — nosso papel é te ajudar a entender o essencial com clareza, contexto e visão crítica.

Quer continuar aprendendo a partir deste tema? Aqui vão algumas sugestões:

  • Ouça os microbooks “As 48 Leis do Poder” e “O Príncipe” para entender os bastidores do poder e da estratégia política.
  • Explore conteúdos sobre o Oriente Médio, o Islã e a história recente do Irã buscando no app por termos como “Irã”, “revolução islâmica” ou “conflitos regionais”.
  • Compartilhe este conteúdo com alguém e tente explicar o que aprendeu. Ensinar é uma das formas mais eficazes de fixar conhecimento.

No 12min, você não precisa ser especialista para entender o mundo — só precisa ter vontade de aprender. E nisso, pode contar com a gente.

Se quiser sugerir ajustes ou novos temas, escreva pra gente: [email protected].

Leia e ouça grátis!

Ao se cadastrar, você ganhará um passe livre de 7 dias grátis para aproveitar tudo que o 12min tem a oferecer.

Quem escreveu o livro?

Agora o 12min também produz conteúdos próprios. 12min Originals é a ferram... (Leia mais)

Aprenda mais com o 12min

6 Milhões

De usuários já transformaram sua forma de se desenvolver

4,8 Estrelas

Média de avaliações na AppStore e no Google Play

91%

Dos usuários do 12min melhoraram seu hábito de leitura

Um pequeno investimento para uma oportunidade incrível

Cresca exponencialmente com o acesso a ideias poderosas de mais de 2.500 microbooks de não ficção.

Hoje

Comece a aproveitar toda a biblioteca que o 12min tem a oferecer.

Dia 5

Não se preocupe, enviaremos um lembrete avisando que sua trial está finalizando.

Dia 7

O período de testes acaba aqui.

Aproveite o acesso ilimitado por 7 dias. Use nosso app e continue investindo em você mesmo por menos de R$14,92 por mês, ou apenas cancele antes do fim dos 7 dias e você não será cobrado.

Inicie seu teste gratuito

Mais de 70.000 avaliações 5 estrelas

Inicie seu teste gratuito

O que a mídia diz sobre nós?